MO405 - Atas das Aulas

Ata de Aula: 18/09/2002

 Redator: Guilherme Luiz Aguiar Pedrosa

 
 

3.3 Matchings in General Graphs (Emparelhamento em grafos quaisquer)

 

Definições

Um fator de um grafo G é um subgrafo gerador de G. Um k-fator é um subgrafo gerador k-regular. Um componente ímpar de um grafo é um componente de ordem ímpar. O número de componentes ímpares de um grafo H é indicado por o(H).

Teorema de Tutte

Para se ter um 1-fator (ou emparelhamento perfeito), existe uma condição óbvia necessária também suficiente (TONCAS), descoberta por Tutte, que diz que se um grafo G tem um 1-fator, então para todos conjuntos S contidos no conjunto de vértices de G, os componentes ímpares de G – S terão um vértice para algo fora dele, que só poderá ser S.

 

Resumindo a condição: “Para todo S subconjunto de V(G), temos o(G – S) ≤ |S|”

Assim, com o teorema de Tutte, nós podemos exibir certificados curtos tanto quando um grafo tem um 1-fator quanto quando não tem. Se o grafo tem um 1-fator, basta exibir um emparelhamento perfeito. Se o grafo não tem um 1-fator, basta exibir um subconjunto S de V(G) cuja remoção deixa componentes ímpares em excesso.

 

Junção (Join)

O grafo junção de dois grafos simples G e H, escrita como G v H, é obtido ligando-se todos os vértices de um a todos do outro, preservando-se cada um dos grafos originais e respectivas arestas.

 

Fórmula de Berge-Tutte (Teorema sobre emparelhamento máximo de um grafo)

Diz que o máximo número de vértices saturados por um emparelhamento em G é dado por minS contido em V(G){n(G) – d(S)}, onde d(S) = o(G – S) - |S|.
 

Intuição: o fator d dá o número de componentes ímpares em excesso. Através desse excesso, é possível saber o tamanho do emparelhamento máximo.

Observação: Se G tem ordem par, quando houver excesso este será 2 ou mais, pois o excesso será par.

 

Teorema 3.3.9 (Petersen [1891])

Todo grafo regular com grau par positivo tem um 2-fator.

A prova é feita através de um truque muito usado, segundo o Prof. Meidanis: transformar o problema para cair num grafo bipartido, reduzindo-se a um problema de matching.

 

Algoritmo de Edmonds (Blossom)

Algoritmo para se obter em tempo polinomial (o algoritmo original custava O(n4) o problema de se achar emparelhamento máximo em grafos, através de sucessivas contrações de blossoms (“corolas”) e resolvendo-se um problema reduzido.