# Last edited on 2011-12-01 18:27:31 by stolfilocal O argumento do Senador deveria ser usado ao contrário: no Brasil há excesso de profissões regulamentadas. A exemplo de jornalismo, a reserva de mercado deveria ser eliminada de muitas outras profissões. A regulamentação profissional só se justifica para profissões liberais críticas, em que o cliente é o cidadão individual e a incompetência profissional pode ter resultados graves e irreparáveis. Esta classe inclui obviamente médicos, farmacêuticos, dentistas, advogados, contadores, engenheiros de casas, eletricistas, etc. Deveria incluir também cozinheiros -- não só os chefs, mas todos os que botam pé na cozinha -- barbeiros, mecânicos, etc. Para essas profissões idealmente deveria haver exames de habilitação executados pelo governo, pois um diploma (mesmo de uma ótima universidade) sabidamente não garante a competência mínima necessária. Por outro lado não tem sentido regulamentar profissões como decoradores, músicos e astrólogos, onde os efeitos da incompetência são banais ou reparáveis monetariamente; nem empregos onde o empregador tem condições de avaliar a competẽncia do candidato, como professores, economistas, estatísticos, químicos, engenheiros navais e aeronáuticos, e outras profissões que são exercidas exclusivamente dentro de grandes empresas. A regulamentação dessas profissões só causa prejuízo à sociedade, pois restringe as oportunidades para os competentes,